terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Enquanto Bilhões passam fome estado salva bancos e monopólios

A principal economia capitalista do mundo, os EUA, está em crise. Isso não é mais novidade para ninguém, mas nos últimos meses foi possível não apenas assistir a bancarrota do sistema financeiro estadunidense, como a conseqüente queda da bolsa de valores em todo o planeta. O mundo assistiu também o neoliberalismo e o capitalismo serem desmascarados em sua falsa propaganda de serem capazes de resolver os problemas da humanidade. Até o dia 29 de novembro, o total de dinheiro público utilizado pelo governo dos Estados Unidos para salvar suas empresas capitalistas ultrapassou os US$ 8,56 trilhões, duas vezes mais do que o país gastou na Segunda Guerra Mundial. Para o povo estadunidense fica o saldo de mais de 1,250 milhão desempregados apenas no ano de 2008 e milhares de famílias sem casas por conta da divida hipotecária. Para garantir os interesses das grandes corporações o governo do EUA e outras potências apelam para a nacionalização e a intervenção do estado na economia, mostrando o fracasso dos ideais do neoliberalismo para superar as crises econômicas e o quanto estão dispostos a sacrificar as condições de vida de milhões para assegurar os lucros e benefícios de um pequeno grupo de famílias que controla a economia mundial. No Brasil a situação de crise se agrava, as empresas aumentam os números das demissões dos trabalhadores. O socorro aos bancos chega ao número de R$ 160 bilhões e mais R$ 19 bilhões aos empresários, a alta dos preços dos alimentos e os altos índices de desemprego são uma constante praticamente inquestionável pelos meios de comunicação e os governantes. Agora a proposta do governo foi de cortes nas verbas da educação e saúde. Como sempre no capitalismo quem paga a conta é a classe trabalhadora. Por isso, a única forma de resolver as crises econômicas que sacodem de tempos em tempos a sociedade capitalista é por fim a contradição entre a forma privada, capitalista, de apropriação dos produtos e o caráter social da produção. Dito de outro modo, a crise é conseqüência do modo capitalista de produção, sem acabar com esse sistema econômico e político e colocar em seu lugar o socialismo, é impossível acabar com as crises econômicas.